quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Amizade





Oferecer a nossa amizade


Evangelizar um homem vê bem, é dizer-lhe:
Tu também és amado de Deus no Senhor Jesus Cristo. E não somente dizê-lo, mas pensá-lo realmente.
E não somente pensá-lo, mas lidar com esse homem de tal maneira que ele sinta. Isto é que é anunciar-lhe a Boa Nova.
Não podes fazê-lo sem que lhe ofereças a tua amizade. Uma amizade real, desinteressada, sem complacência, feita de confiança e de profunda estima.
Precisamos de ir até junto dos homens. A tarefa é delicada.
O mundo dos homens é um enorme campo de luta pela conquista de riqueza e poderio.
E muitos sofrimentos e atrocidades lhe escondem a face de Deus. É necessário sobretudo que, ao ir ao seu encontro, não lhe apareçamos como uma nova espécie de competidores. Devemos ser no meio deles testemunhas pacíficas do Todo-Poderoso, homens sem cobiças nem desprezo, capazes de nos tornarmos realmente seus amigos. É a nossa amizade que eles esperam, uma amizade que lhes faça sentir que são amados de Deus e salvos em Jesus Cristo.



Este texto, de um livro sobre a vida de S. Francisco, traz-me um novo olhar sobre a maneira de estar na minha vida. Um olhar mais simples, mais límpido, mais carinhoso: “lidar com esse homem de tal maneira que ele sinta e descubra que há nele qualquer coisa de maior e mais nobre do que ele pensava, e que assim ele desperte e tome uma nova consciência de si próprio”. Olho para as minhas relações pessoais e percebo que é disto que as pessoas precisam. De amizade.Não precisam de coisas elaboradas e complicadas, precisam de amizade, sem mais. Vejo também quanto isto é simples e, ao mesmo tempo, difícil. E a grande dificuldade está em mim. Tenho o grande de desejo e intenção de oferecer “uma amizade real, desinteressada, sem complacência, feita de confiança e de profunda estima” mas, tantas vezes, não sei ver o que o outro precisa e a maneira como me dirijo aos outros faz com que pareça que sou “uma nova espécie de competidor”. Convidas-me a não desistir e a aprender com os erros e com os desajeitanços. Olhar para o que fiz de mal e procurar, simplesmente, corrigir e melhorar a minha maneira de amar e actuar. A ter um coração mais sensível à realidade do outro, a ter uma mão actuante, mais delicada e mais precisa, menos desajeitada. Vejo que já me deste o essencial para poder ir crescendo em amizade: um coração desejoso de amar e a relação conTigo, mestre do amor. Obrigado pela alegria da Tua amizade e pela vida que me tens dado e que queres continuar a dar-me.


Obrigado Pai pela tua infinita amizade.

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